Em Mateus 5:41, Jesus ensina:
“Se alguém o forçar a caminhar uma milha, vá com ele duas.”
À primeira vista, parece apenas um convite à generosidade. Mas olhando com lentes corporativas e de liderança, essa passagem revela um princípio atemporal de crescimento, diferenciação e entrega de valor. Trata-se de ir além do esperado, de ultrapassar as fronteiras do comum e transformar obrigação em oportunidade.
A primeira milha é sua obrigação. A segunda é sua marca.
Desde o início da minha carreira, entendi que crescer profissionalmente não é sobre fazer o que te pedem. É sobre fazer o que precisa ser feito — mesmo que ninguém peça.
Enquanto muitos aguardam orientação, eu criei relatórios inexistentes. Onde não havia indicadores, estabeleci KPIs. Se o feedback não vinha, eu buscava ativamente. Meus 12 meses de trabalho precisavam ecoar como cinco anos de resultado.
Isso é a milha extra.
É entender que o reconhecimento vem depois da atitude — não antes. Que o destaque não nasce da conformidade, mas da coragem de inovar, questionar e propor.
A milha extra é solitária — e por isso, poderosa.
Poucos caminham essa estrada. É cansativa, exige disciplina, visão de longo prazo e uma entrega silenciosa. Mas é nessa estrada que surgem os grandes líderes. Não os que esperam cargos, mas os que vivem como se já os ocupassem — com postura, iniciativa e compromisso com o todo.
Quem caminha a milha extra:
- Não olha o relógio, olha o impacto.
- Não faz apenas seu trabalho, melhora o trabalho de todos.
- Não pede permissão para melhorar — age, propõe e transforma.
A Bíblia como guia de atitude profissional
Aplicar um versículo milenar ao mundo corporativo pode parecer ousado, mas é extremamente eficaz. A sabedoria bíblica fala diretamente ao coração de quem deseja fazer a diferença:
“Vá além.”
Essa é a essência do intraempreendedor, do líder, do profissional protagonista.
No final do dia, você pode até não ser promovido naquele trimestre, pode não receber o aplauso naquele projeto…
Mas seu nome estará sendo construído onde mais importa: na confiança de quem lidera, no impacto que sua atitude gera e no legado que você deixa.